o ensino de
história e as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica: Uma leitura
emancipatória
Quando falamos de Ensino de História, logo nos vem à cabeça
a imagem da sala de aula. E não há nada mais diversificado do que um sala de
aula, que em média comporta entre 30 a 40 alunos, todos diferentes entre si, em
vários aspectos sociais e culturais e que, no entanto, estão designados num
mesmo espaço e em tese, para os mesmos fins: apreender
processos históricos, valores éticos e cidadania, transmitidos pelo professor e
que, ao fim do ano, possam progredir tanto nas séries escolar, quanto na vida
enquanto pessoas-cidadãos. Então, como o professor pode trabalhar com um
conjunto de alunos tão diferentes em suas especificidades?
Uma primeira problemática que logo localizamos refere-se ao
seguinte tema: como o professor de História, diante de grandes diferenças, pode
nos auxiliar a trabalhar questões como respeito e compreensão do Outro, da
diferença e da alteridade?
Quando nós pensamos em compreender o outro, quando nós
intentamos em ir ao outro não vamos para conhecê-lo, mas ao pensar o outro,
começamos a desconfiar de si mesmos. A ideia de alteridade é, sobretudo de
relação ao compreender o outro, você está alterando a você mesmo. Ao
compreender o outro estamos alargando o nosso próprio Eu, e leva, sobretudo, a
uma profunda desconfiança dos nossos próprios valores construídos socialmente.
Neste trabalho, buscamos nas entrelinhas das Diretrizes
Curriculares Nacionais, algumas respostas para uma educação equânime, tentando
compreender a noção de diversidade, respeito, diferença, sejam elas nas
dimensões físicas, ideológicas, étnicas, culturais, religiosas e de gênero.
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica
(utilizaremos aqui a sigla DCN’s) são normas que regem e orientam o currículo
escolar no Brasil. Ele tem como finalidade a garantia da promoção da igualdade
na aprendizagem, propondo e orientando uma base comum dos conteúdos e do
currículo escolar. As DCN’s vêm com intuito de assegurar que o ensino básico
tenha uma base nacional comum, para que a formação dos alunos seja realizada de
maneira igualitária, em todas as escolas do país, respeitados as especificidades
e contextos sociais de cada região do país. Como fonte norteadora, as DCN’s dão
às escolas e aos professores uma autonomia no planejamento do currículo e da
seleção de seus conteúdos:
“Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais
para a Educação Básica visam estabelecer bases comuns nacionais para a Educação
Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, bem como para as modalidades
com que podem se apresentar, a partir das quais os sistemas federal, estaduais,
distrital e municipais, por suas competências próprias e complementares,
formularão as suas orientações assegurando a integração curricular das três
etapas sequentes desse nível da escolarização, essencialmente para compor um
todo orgânico.” (BRASIL, 2013, p. 7)
O documento das DCN’s é formado por um conjunto de textos de
orientam professores e gestores a cumprirem os seguintes objetivos:
sistematizar os princípios e diretrizes gerais da Educação Básica contidos na
Constituição, na LDB e demais dispositivos legais, traduzindo-os em orientações
que contribuam para assegurar a formação básica comum nacional, tendo como foco
os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola; estimular a reflexão crítica
e propositiva que deve subsidiar a formulação, execução e avaliação do projeto
político-pedagógico da escola de Educação Básica; orientar os cursos de
formação inicial e continuada de profissionais – docentes, técnicos,
funcionários – da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes
federados e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que
pertençam.
Dando mais
especificidade aos objetivos das DCN’s, os textos abordam os seguintes temas:
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica; Revisão das
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil; Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos; Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio; Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio; Diretrizes da Educação do
Campo; Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado na
Educação Básica, na modalidade Educação Especial; Diretrizes Curriculares
Nacionais para oferta de Educação para Jovens e Adultos em situação de privação
de liberdade nos estabelecimentos penais, Diretrizes Operacionais para a
Educação Jovens e Adultos (EJA), Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação Escolar Indígena, Diretrizes para atendimento de educação escolar de
crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância, Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação Escolar Quilombola, Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Diretrizes Nacionais
para a Educação em Direitos Humanos e Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Ambiental.
Neste primeiro momento, elencamos o texto geral das DCN’s
para, numa análise mais crítica, tentarmos compreender como esta Diretriz age
no tocante às relações de diversidade em que nosso país é formado. Reiterando
que estamos num momento histórico de renovação de nossas práticas de ensino,
novas abordagens e perspectivas, reconhecendo e afirmando as diferenças e as
múltiplas identidades do Brasil.
Segundo Abreu e Matos (2008, p. 6) as determinações legais
são fruto do encontro de múltiplas intenções e vontades. Os documentos finais
nesse tipo de processo são, antes de tudo, o resultado de muita negociação.
Neste sentido, o texto das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental não foge desta perspectiva.
Em seus fundamentos, as DCN’s indica que o Ensino
Fundamental é resultante de uma luta travada pelos diferentes grupos sociais,
principalmente aos setores populares onde a luta por esse direito está diretamente
ligada ao exercício da cidadania, “uma vez que a educação como processo do
potencial humano garante o exercício dos direitos civis, políticos e sócias”
(BRASIL, 2013, p. 104). Esse processo de formação de um “potencial humano”, nos
leva a crer que a educação tem como um dos objetivos primordiais o acesso ao
conhecimento que, consequentemente, nos leva a uma autonomia:
“É urgente afirmar esse horizonte emancipatório em todas as
ações e intervenções, nas políticas, nos livros didáticos, na formação de
professores, nas ações afirmativas etc. Se essas intervenções perderem essa
dimensão libertadora e emancipatória e se reduzirem a ações integracionistas
sem intervir no sistema e nas logicas e estruturas excludentes ou nas logicas
do mercado ou do sucesso perdem seu sentido de origem.” (ARROYO, 2010, p. 118)
No entanto, como levar esta educação para uma postura mais
democrática para a escola, sabendo que ao longo de sua história tal sistema
escolar se estrutura como uma instituição reguladora e normatizadora? Segundo
Arroyo (2010, p.119) a escola tem sido e continua sendo extremamente reguladora
das instâncias da diferença, da diversidade dos povos e reproduzindo uma
espécie de marginalização. Regula o tempo
de pesquisa, o tipo de conhecimento que considera como legítimo, regula
valores, culturas, as memorias e identidades a partir de padrões
universalistas. Tudo isto sem construir um diálogo com a diversidade ou
alteridade. As DCN’s como projeto norteador do currículo escolar, apresentam em
seu texto, exatamente o oposto deste ideário regulamentador. Em relação aos
direitos civis, políticos, sociais e o direito à diferença, sejam culturais,
étnico, religioso, gênero, orientação sexual, ressalta-se:
“Nas últimas décadas, tem se afirmado ainda, como resultado
dos movimentos sociais, o direto á diferença, como também tem sido chamado o
direito de grupos específicos verem atendidas suas demandas, não apenas de
natureza social, mas também individual. Ele tem fundamento a ideia de que devem
ser consideradas e respeitadas as diferenças que fazem parte do tecido social e
assegurado lugar à sua expressão. O direito a diferença, assegurado no espaço
publico, significa não apenas a tolerância ao outro, aquele que é diferente de
nós, mas implica na revisão do conjunto dos padrões sociais da sociedade,
exigindo uma mudança que afeta a todos, o que significa que a questão da
identidade e da diferença tem caráter politico. O direito à diferença se
manifesta por meio da afirmação dos direitos das crianças, das mulheres, dos
jovens, dos homossexuais, nos negros, dos indígenas, das pessoas com
deficiência, entre outros, para que de fato se efetivares, necessitam ser
reconhecidos socialmente. (BRASIL, 2013, p. 105)”
Utilizaremos o conceito de Identidade como um fenômeno
circunstancial, alterativo, relativo e de uso extremamente político. Entendemos
aqui como a Identidade pode ser agenciada de acordo com determinados contextos.
É preciso trabalhar as identidades, diferenciando-as, porém, sem impor um
padrão único. E, a partir da compreensão de como essas identidades são formadas
e em quais contextos elas são construídas, é que segundo as DCN’s, partimos
para uma formação de um currículo multicultural. Mas, aqui, reside uma questão:
como fazer este exercício de identidade, sem categorizar os sujeitos como
superior e inferior? Nós que ainda somos intolerantes com a diferença e
tendemos a transformar tudo que não nos é igual como “falta” (culturas que
faltam isso, costumes que faltam aquilo).
A
construção identitária e a formação/ reformação da memória, com suas produções
mais recentes, tem nos auxiliado a abordar esses conceitos a seguir, de uma
forma mais plástica. Nos últimos anos, porém, o conceito de Identidade tem sido
um campo de investigação para várias disciplinares. Todas essas novas posturas criticam a ideia
de uma identidade integral, originária e unificada. Portanto, há uma nova
compreensão sobre a Identidade como um conceito “estratégico, onde as
identidades dos sujeitos se alteram ao longo do tempo, e estão cada vez mais
fragmentadas e fraturadas e multiplamente construída ao longo de discursos”
(HALL, 2007, p.108.). As identidades estão constantemente em processo de
mudança e transformação.
Nas DCN’s, a escola tem um papel primordial para a
elaboração do currículo escolar, e por sua vez, de identidades. De acordo com o
contexto e as experiências que a escola traz, buscando articular a experiência
dos alunos, seus saberes, suas histórias de vida. Partindo para um currículo
multicultural, temos uma abordagem:
“A perspectiva multicultural do currículo, leva ao
reconhecimento da riqueza das produções culturais e à valorização das
realizações dos indivíduos e grupos sociais e possibilita a construção de uma
autoimagem positiva a muitos alunos que vêm defrontando constantemente com
fracasso escolar, agravadas pela discriminação manifesta ou escamoteada no
interior da escola. Além de evidenciar relações interdependência e poder na
sociedade e entre sociedades e culturas, a perspectiva multicultural tem o
potencial de conduzir a uma profunda transformação do currículo comum” (BRASIL,
2013, p. 115)
Para Tomaz Tadeu da Silva (2009 p. 85) um currículo
multicultural caracteriza-se por não compreender as diferenças culturais fora
das relações de poder, como cita a DCN’s. Para além de um currículo que se
baseie nas propostas como de tolerância e respeito entre as diferentes
culturas, a abordagem crítica deste currículo multicultural é que, termos como
tolerância e respeito “implica uma certa superioridade de quem mostra
tolerância e a noção de respeito implica um certo essencialismo cultural, pela
qual as diferenças são fixas, devidamente estabelecidas, restando apenas,
respeitá-las”(SILVA, 2009,p.88).
Portanto, as propostas das DCN’s, como um documento
normatizador do currículo escolar nacional, nos orientam a trabalhar numa
perspectiva multicultural, que a partir de uma abordagem crítica, para além do
ensino do respeito e da tolerância, manter em constante debate essas questões
sobre a diferença, como são produzidas, qual contexto, evitando assim, como já
dito antes, essencialismo ou naturalizando as diferenças.
“A escola, face
às exigências da Educação Básica, precisa ser reinventada: priorizar processos
capazes de gerar sujeitos inventivos, participativos, cooperativos, preparados
para diversificadas inserções sociais, políticas, culturais, laborais e, ao
mesmo tempo, capazes de intervir e problematizar as formas de produção e de
vida. A escola tem, diante de si, o desafio de sua própria recriação, pois tudo
que a ela se refere constitui-se como invenção: os rituais escolares são
invenções de um determinado contexto sociocultural em movimento.” (BRASIL,
2013)
Acreditamos que é a partir dessas lacunas que podemos
subverter a instituição escolar reguladora, como um espaço de compreensão das
diferenças, como espaço de disputas dessas diferenças e que constantemente se
agenciam, se modificam e se alteram. E o Ensino de História pode contribuir
para esse aprendizado e respeito a diversidade? No confronto com o processo
histórico, os acontecimentos, as diferentes formas de organização de sociedades
e povos, contribuindo para enriquecer o nosso próprio “mundo da vida” (termo
utilizado frequentemente pela fenomenologia) passamos a ter uma nova
compreensão acerca do Outro.
Este Outro, não entra em nossa compreensão, passivos, como
se esperassem por “nós” para serem vistos ou ouvidos. Este Outro, antes de
tudo, é agente e autônomo. A relação que se dá entre o eu e o outro é de
compreensão múltipla, a compreensão passa a ser de via dupla, eu compreendo o
outro na medida em que sou compreendido e assim se dá a situação relacional.
Este estado de compreensão nos leva a um estado de reflexão de nós mesmos.
REFERÊNCIAS
Emanuela de Moraes Silva é mestre em Ensino de História pela
Universidade Federal do Tocantins.
ABREU, Marta; MATTOS, Hebe. Em torno
das “Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações
Étnico-raciais e para o Ensino de História e cultura Afro-Brasileira e Africana”:
uma conversa com historiadores. In: Revista Estudos Históricos. Rio de Janeiro.
Vol. 1, nº 41, janeiro-junho de 2008, p. 5-20.
ARROYO, Miguel
Gozalez. A Pedagogia Multirracial Popular e o Sistema Escolar. In: GOMES, Nilma
Lino (Org.). Um Olhar Além das Fronteiras: Educação e Relação Raciais. 1ª Ed.
Belo Horizonte: Autentica, 2010.
BRASIL.
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas
transversais. Brasília, 1998.
_______. Ministério da Educação, Secretaria Especial de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Diretrizes Curriculares Nacionais
para a educação das Relações Étnicorraciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2005.
_______. Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Básica. Brasília: MEC, 2013.
HALL, Stuart. Quem precisa de
identidade?. In: SILVA, Thomas Tadeu da. (Org.). Identidade e diferença: a
perspectiva dos estudos socioculturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
SCHWARCZ. Lilia Moritz. O espetáculo
das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil no Brasil do
século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SILVA,
Thomas Tadeu da. Documentos de Identidade: Uma Introdução às Teorias do
Currículo. Autêntica: 2010.
Olá Emanuela,
ResponderExcluirgostaria que você estabelecesse uma relação entre as DCNs, os PCNs e a BNCC, pensando particularmente o ensino de História. Att. Eliane
Olá Eliane,
ExcluirAgradeço pela apreciação do texto, e o que posso estabelecer de relações entre os documentos que você citou voltado para o ensino de História é de que, primeiramente essas diretrizes tem em suas entrelinhas o projeto de nação que o país pretende ao estabelecer leis que orientam tantos os currículos quanto as "sugestões" de conteúdos comuns como é o caso da BNCC. O que trago pra o debate em meu texto é que apesar de o ambiente escolar ser engendrado por tantas leis,diretrizes, a escola ainda que seja um espaço de contradições ela também pode ser um espaço emancipatório, no sentido utilizado por Boaventura de Sousa Santos, trabalhando com as mesmas diretrizes,ainda que incipiente, nos dão certa autonomia de trabalho, no caso de estudo, da disciplina de História.
Espero ter ajudado, e estou a disposição.
Boa noite Emanuela! O que você pensa sobre a possibilidade de trabalho com complexos temáticos para a questão da alteridade e a história/memória local?
ResponderExcluirCaro Anderson Romário,
ExcluirPrimeiramente obrigada pela apreciação do texto.
Trabalhar com a alteridade é uma dos pilares do ensinar e aprender História, no meu limitado entendimento, é a partir da compreensão dos processos históricos , da compreensão das lutas e resistências de diversos povos podemos compreender a nossa história individual e local. Como diz Lilia Schwarcz, só podemos nos conhecer a partir do outro, o outro é a nossa referencia para nos conhecermos.
Espero ter suprido suas duvidas, e estou a dispodição.
Boa noite Emanuela! O que você pensa sobre a possibilidade de trabalho com complexos temáticos para a questão da alteridade e a história/memória local?
ResponderExcluirAnderson Romário Pereira Corrêa
Caro Anderson Romário,
ExcluirPrimeiramente obrigada pela apreciação do texto.
Trabalhar com a alteridade é uma dos pilares do ensinar e aprender História, no meu limitado entendimento, é a partir da compreensão dos processos históricos , da compreensão das lutas e resistências de diversos povos podemos compreender a nossa história individual e local. Como diz Lilia Schwarcz, só podemos nos conhecer a partir do outro, o outro é a nossa referencia para nos conhecermos.
Espero ter suprido suas duvidas, e estou a dispodição.
Olá Emanuela,
ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho!
Nos parágrafos finais do seu texto você citou o conceito "mundo da vida" como característico das discussões da fenomenologia. Há uma utilização desse conceito na teoria proposta por Jörn Rüsen a respeito da relação entre consciência histórica (como uma capacidade humana que se desenvolve na relação com os outros e consigo mesmo na vida em sociedade) e o conceito Cultura Histórica (como o complexo mais amplo em que nossas consciências se formam nessas relações sociais, processo que nos antecede, que fazemos parte dele e temos possibilidades e limites de intervenção nesse complexo).
Em suas primeiras obras Rüsen citava o conceito mundo da vida (mundo vital - lebenswelt) com base em Ernst Cassirer. Por se tratar de uma discussão relacionada a História (ensinada, pensada, vivida ou pesquisada) e sua expressão em documentos como as DCN's, penso que o conceito "Cultura Histórica" e seus aspectos políticos, por exemplo, poderiam ser interessantes para a sua discussão. Não é exatamente uma pergunta, é mais um comentário. A pergunta seria: você conhece essas discussões? Considera que esses conceitos seriam interessantes para o tipo de análise que você se propôs?
Mais uma vez parabéns pela discussão.
att
Thiago Augusto Divardim de Oliveira
Caro Thiago,
ExcluirObrigada pela apreciação do texto.
Ainda sou uma leitora digamos que iniciante na fenomenologia e minhas leituras estão principalmente em H.G. Gadamer e a questão do ser e a abertura para o entendimento do próximo, das "experiências vividas" como suporte também para a produção do conhecimento histórico. Conheço menos do que gostaria das produções de Rusen, agradeço as indicações e sim, são muito pertinentes pro desenrolar dessa pesquisa.
Agradeço novamente a atenção e estou a disposição.
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ResponderExcluirBoa noite! Um texto amplo, que evidencia sobre um importante componente normativo. Os DCNs oferecem metas e objetivos que devem ser alcançados. Pergunta: considerando que no Brasil, em especial na educação, metas e objetivos nem sempre são cumpridos a contento, além do que, demoram em demasia para serem efetivados! Como você vê a real efetivação dos DCNs, ainda que Gerais, por parte dos educadores (as)?
ResponderExcluirJessé Gonçalves Cutrim
Boa noite Jessé,
ExcluirAgradeço a leitura do texto,
Como bem disse, esse documento é uma normativa, é uma diretriz que pouco chega a ponta, aos educadores. Penso que diretrizes como estas podem tanto nos engessar quanto dar mais liberdade nas nossas praticas de ensino, tudo depende de nossas estratégias e táticas de ensino. Como e a com qual finalidade estamos compartilhando o conhecimento são boas perguntas para começarmos a traçar o caminho, a nossa própria diretriz para além do documento, ainda temos certa liberdade para ensinar. E o que eu penso que pode efetivar as diretrizes é primeiramente conhecê-las, como por exemplo temos as DNC para a Educação das Relações Étnino-Racais que é uma verdadeira cartilha que nos orienta ao ensino das diversidades ao qual nosso país é formado e que mesmo assim o racismo se mostra cada vez mais feroz. Portanto reitero, primeiro passo seria conhecer as varias DCN's que auxiliam nas nossas praticas escolares.
Boa noite Jessé,
ResponderExcluirAgradeço a leitura do texto,
Como bem disse, esse documento é uma normativa, é uma diretriz que pouco chega a ponta, aos educadores. Penso que diretrizes como estas podem tanto nos engessar quanto dar mais liberdade nas nossas praticas de ensino, tudo depende de nossas estratégias e táticas de ensino. Como e a com qual finalidade estamos compartilhando o conhecimento são boas perguntas para começarmos a traçar o caminho, a nossa própria diretriz para além do documento, ainda temos certa liberdade para ensinar. E o que eu penso que pode efetivar as diretrizes é primeiramente conhecê-las, como por exemplo temos as DNC para a Educação das Relações Étnino-Racais que é uma verdadeira cartilha que nos orienta ao ensino das diversidades ao qual nosso país é formado e que mesmo assim o racismo se mostra cada vez mais feroz. Portanto reitero, primeiro passo seria conhecer as varias DCN's que auxiliam nas nossas praticas escolares.