Ludmila Pena Fuzzi


O USO DE MAPAS MENTAIS E CONCEITUAIS NO ENSINO DE HISTÓRIA: DESENVOLVENDO HABILIDADES E COMPETÊNCIAS


1-  Introdução
As imagens são representações impregnadas de memórias e significações, quando organizadas de diferentes formas, propiciando reflexões mais concretas de conceitos e temas. O presente trabalho objetivou tornar o aluno como indivíduo autônomo em seu processo de ensino aprendizagem, utilizando-se da ferramenta de Mapas Mentais e Conceituais, tendo como foco as aulas inversas e metodologias ativas, propostas nos novos modelos educacionais, inclusive se embasando da integralidade do desenvolvimento de Habilidades e Competências propostas na Base Nacional Comum Curricular. O público alvo desta pesquisa foram os anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º Ano), com atividades, ações e testes aplicados durante o ano de 2018 e início de 2019, em escolas municipais de Taubaté.
As experiências humanas sempre imersas em uma cultura criam significados para tudo o que está à sua volta e uma forma de captar as concepções do indivíduo e sua forma de organizar o pensamento referente a um conceito ou temática é propondo mapas mentais e ou conceituais, para serem produzido pelos alunos. Os resultados apresentados desta proposta pedagógica tende a ser significações de algo presente em sua mente, construídas socialmente e historicamente. Para Ferrara (2007), toda representação é uma imagem, um simulacro do mundo a partir de um sistema de signos, ou seja, qualquer representação é um gesto que codifica o universo.
Com base no que estamos apresentando, podemos verificar que o uso de mapas mentais e conceituais nas aulas de História no Fundamental é oportunizar a articulação entre objetos do conhecimento, conceitos históricos e saberes aprendidos pelos alunos ao longo da sua formação, além de desenvolver a autonomia na organização de seu pensamento, gerando situações problemas a serem solucionados com a reorganização da ideia para elaboração de seus esquemas. Esta proposta também vem oferecer a formação de alunos construtores de mapas conceituais e mentais, sendo leitores críticos das informações ali a serem inseridas e do espaço que deverão utilizar para organizar suas ideias. Para isto, Loçandra Borges de Moraes (2008), nos faz refletir que:
“A necessidade de considerar o saber do aluno e sua realidade; de encará-lo como sujeito do processo ensino-aprendizagem; de transformar as informações científicas em conteúdos didaticamente assimiláveis, considerando sua idade, seu nível de desenvolvimento mental, suas condições de aprendizagem e socioeconômicas; de o professor investigar sua prática para modificá-la”. (MORAES 2008, p. 21)

2-  A Ferramenta do Mapa Mental e ou Conceitual e o Desenvolvimento de Habilidades e Competências.
Através dos estudos realizados por Richter (2011) e Kozel (2008) sobre os mapas mentais como um recurso didático, nos apresenta o registro de representações, imagens mentais sobre as experiências vividas, os raciocínios organizados, interligados com pré-conhecimentos sobre determinados assuntos, oferecendo um diagnóstico da rede compreendida pelo aluno. Estas informações mentais transpostas para o papel procuram ser vinculadas aos objetos do conhecimento de História com a finalidade de construção de novas competências para a aprendizagem dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental. A proposta com mapa mental difere-se das atividades relacionadas ao desenho, mediante aos objetos propostos pelo professor em sua orientação da tarefa a ser realizada, delimitando um tema abordado.
Para se verificar a profundidade na lógica do uso do signo, trazemos ao debate sobre mapas mentais Vigotski (1998) e Bakhtin (2012), que observam no signo a possibilidade da comunicação social. A unidade dialética das habilidades, inteligência posta em prática e a competência, o conhecimento, do saber histórico e do saber cotidiano que possibilidade a comunicação do sujeito e se aprimora na complexidade da vida social.
Para Salete Kozel (2008), desta maneira a intenção é levar as relações simbólicas espaciais, a compreensão que os sujeitos adquirem da mesma, suas múltiplas relações para com o real, considerando o saber e saber-fazer do aluno enquanto sujeito social, que vive, experiência a sociedade e suas tramas cotidianas.
Ao longo da história, a humanidade desenvolveu suas atividades de caça, pesca e coleta de frutos para a sua sobrevivência, construiu civilizações, transformou o meio, mapeou o tempo de diferentes formas, extraiu matéria prima para produzir utensílios necessários para a manutenção do grupo humano, o que para referendar este processo, Paul Claval (2011), nos diz que a capacidade de traçar itinerários, de locomover-se e memorizar o espaço, resulta na atividade de representação.
Nesta perspectiva podemos compreender a importância de oferecer aos alunos o uso do mapa mental e ou conceitual de diferentes formas, como realizamos no período mencionado na abertura deste artigo. Para iniciarmos o aluno na proposta, oferecemos a oportunidade que suas anotações no caderno sejam realizadas em formato de mapas mentais e ou conceituais, trazidos pelo professor, que media a ferramenta em sua aula expositiva dialogada, depois podemos ir inserindo a autonomia, em que a partir de textos o aluno vá criando seus mapas mentais e ou conceituais simplificados até chegarmos na proposta na confecção de mapas mentais e ou conceituais em grupos produtivos, estimulados pela aula inversa e metodologia ativa, em que o professor solicita dos alunos uma preparação sobre um determinado tema em que ainda não mediou em sala de aula, gerando a elaboração de grupos produtivos. Ao final, o professor irá dar a sua aula expositiva dialogada com o material elaborado pelos seus alunos.
“Um mapa mental utiliza todas as habilidades do cérebro para interpretar palavras, imagens, números, conceitos lógicos, ritmos, cores e percepção espacial com uma temática simples e eficiente. Ele nos dá a liberdade de ir aonde quer que nossa mente nos leve” (BUZAN 2009, p.11)
 Para compreendermos a eficiência dos mapas mentais e conceituais em sala de aula, podemos verificar como nosso cérebro funciona. Para isto, Tony Buzan (2009), nos diz que o cérebro é um processador extraordinário, superpoderoso, capaz de realizar infinitas reflexões e criar o Pensamento Radiante (pensar em diferentes direções ao mesmo tempo, partindo de ativadores centrais presentes em Imagens-chave ou Palavras-Chaves). Para isto, o autor nos apresenta as cinco funções principais:

FIGURA 1: Cinco Funções Cerebrais e os Mapas Mentais e Conceituais Referência: Adaptado de BUZAN (2008, p. 16)

Ao analisarmos a Figura 1, em contraponto a proposta do uso de mapas mentais em sala de aula verificou que uma única atividade compreenderá em como o aluno Recebe as informações, depois como ele as Armazena, verificando logo em seguida seu poder de Análise, concebendo sua forma de Controle dessas informações e seu gerenciamento e por fim como nós a Expressaremos em desenhos, movimentos, manifestações criativas e organizações pictográficas, palavras chaves e ligações, se tendo assim um verdadeiro mapa avaliativo do processo de aprendizagem do aluno ou grupo produtivo daquele determinado objeto do conhecimento. Para este fim, trabalhos múltiplas habilidades e competências, podendo ser interligadas com o que se propõe a Base Nacional Comum Curricular.
Os resultados dessa expressão do cérebro podem ser representações em forma de mapas mentais e ou conceituais. Para Salete Kozel (2008), os mapas mentais são uma forma de linguagem que reflete o espaço vivido, sendo produtos de relações dialógicas estabelecidos entre o eu, o outro e o tema proposto, proporcionando uma análise mais ampla do indivíduo no contexto social e cultural em que se esta inserido.
“No objeto real pode existir pouco a ordenar e observar e, no entanto, a sua Figura Mental pode ter ganho identidade e organização através de uma longa familiaridade. Por exemplo, um indivíduo poderá facilmente encontrar objetos onde para outros, aparentemente, apenas existe uma mesa de trabalho completamente desarrumada” (LYNCH, 1960, p. 16).
Nos estudos acerca da importância de compreendermos das múltiplas leituras que o aluno faz acerca de um tema e ou imagem, é de grande valia, pois trará ao professor uma visão diferenciada, podendo levar a uma troca de aprendizagem. Para isso é muito interessante o professor partir do material
 elaborado pelo próprio aluno, ampliando desafios e visões em suas explanações.


FIGURA 2: Mapa Mental sobre Inconfidência Mineira. Referência: Material elaborado por alunos do 8º Ano da EMEF Profa. Marisa Lapido Barbosa em 2018, Escola Municipal de Taubaté. Fotografia do Acervo da Autora.

Na Figura 2, resultado de uma proposta realizada no ano letivo de 2018, com alunos do 8º Ano, na metodologia de grupos produtivos, observamos que a palavra chave proposta foi Inconfidência Mineira. Através do grupo produtivo, os alunos dialogaram, se organizaram e representaram em símbolos e palavras sua compreensão do tema proposto.


FIGURA 3: Mapa Mental sobre Inconfidência Mineira. Referência: Material elaborado por alunos do 8º Ano da EMEF Profa. Marisa Lapido Barbosa em 2018, Escola Municipal de Taubaté. Fotografia do Acervo da Autora.

A proposta resultou em diferentes mapas mentais, mas com raciocínios alinhados à identidade do grupo, como também podemos observar na Figura 3, em que os autores demonstraram habilidades com desenhos, mas não deixaram de seguir a proposta da professora em elaborar um Mapa Mental ligado ao objeto do conhecimento referente à Inconfidência Mineira.

3-  A Produção de Mapas Mentais e a Proposta da BNCC
Na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o conceito de Competência é apresentado como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Nesta perspectiva, compreendemos como a ferramenta proposta como metodologia de ensino neste artigo esta ligada ao que se deseja alcançar com o nova Normatização da Educação Nacional vem nos trazer.
Dentre as 10 Competências Gerais propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a competência de número 2 é a que esta mais ligada ao debate da importância do uso de Mapas Mentais e ou Conceituais, denominada pela Profa. Ana Penido de Competência 2: Pensamento Científico, Crítico e Criativo, em que com esta proposta podemos oportunizar o desenvolvimento desta Competência através de várias Habilidades, focadas no objetivo em que o professor estabelecer a partir da forma como organizará sua atividade.
“2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.” (BRASIL, 2017, p. 9)
Considerando o que se propõe na BNCC e o uso de Mapas Mentais em sala de aula, podemos delinear as principais Habilidades que podem ser desenvolvidas a partir da Competência aqui apresentada, listando:
ü  Interpretação de dados e informações com precisão. Posicionamento crítico a partir de critérios científicos, éticos e estéticos;
ü  Uso de raciocínio indutivo e dedutivo para analisar e explicar recursos, soluções e conclusões de processos de investigação;
ü  Formulação de hipóteses. Explicação da relação entre variáveis. Sustentação de raciocínio com intuição, observação, modelo ou teoria;
ü  Análise de argumentos, raciocínios e evidências. Aprimoramento da lógica da investigação;
ü  Comparação, agrupamento e síntese de informações de diferentes fontes para produzir conclusões sólidas e evitar erros de lógica;
ü  Testagem, combinação, modificação e geração de ideias para atingir objetivos e resolver problemas;
ü  Conexão entre ideias específicas e amplas, prévias e novas, a partir de diferentes caminhos;
ü  Questionamento e modificação de ideias existentes e criação de soluções inovadora;
Verificando essas Habilidades, embasamos que o a proposta desta Ferramenta caminha em direção as normais mais atuais da Educação Brasileira,visando sempre ressignificar códigos apresentados, o papel do professor, o vislumbre do aluno e muitos outros aspectos.



4-  O Trabalho de Mapas Mentais em Grupos Produtivos
Muito tem se falado em agrupamentos produtivos, que consistem em agregar alunos em diferentes níveis de escrita e ou aprendizagem para que possam interagir e assim, juntos construir e trocar conhecimentos, entendendo que a aprendizagem não acontece de forma isolada e individual, mas na interação entre os sujeitos e o objeto. Há nesse momento uma troca de conhecimentos, e consequentemente um avanço na aprendizagem. Russo (2012) nos afirma que grupos produtivos é uma das estratégias mais úteis à aprendizagem porque, quando as crianças ficam juntas, trocam ideias, ensinando e aprendendo naturalmente, sem inibições e preconceitos.
Os agrupamentos seguem os princípios dos saberes já construído pelos alunos em percurso escolar, bem como leva em consideração a heterogeneidade de saberes existes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos alunos, pois essa forma de trabalhado é ancorada, em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Na elaboração em conjunto dos Mapas Mentais, esses saberes são fundidos e uma aprendizagem dialogada ocorre, ampliando visões sobre um mesmo tema proposto.
O trabalho com os agrupamentos produtivos considera que os alunos têm saberes diferente e pressupõe um trabalho em um sistema de ensino que possibilidade que esses saberes sejam compartilhados, discutidos, confrontados, modificado, e que, ao mesmo tempo, possam trocar seus saberes relacionados ao objeto do conhecimento, como ainda pensar em estratégias para a resolução da situação problema demandada pelo professor, analisar os diferentes pontos de vista para realizar generalizações e negociar em um acordo que represente o grupo.
Tony Buzan (2009) nos diz que os Mapas Mentais despertam o interesse imediato dos estudantes porque ser criados como um exercício de equipe. Eles estimulam os alunos a se manterem mais receptivos e atentos na sala de aula. O interessante é que podemos verificar alguns aspectos da aprendizagem em grupo produtivo somado à estratégia de produção de mapas mentais, tais como:
ü  A abrangência dos assuntos tratados;
ü  A profundidade da abordagem desses temas em grupos produtivos;
ü  A inclusão de diferentes visões em um único esquema mental;
ü  A adoção de técnicas que facilitam o aprendizado, como cores, símbolos e setas, interligando os diferentes pontos de vista do grupo.


FIGURA 4: Grupos Produtivos e Mapa Mental sobre Revolução Francesa. Referência: Material elaborado por alunos do 8º Ano da EMIEFM Emílio Amadei Beringhs em 2019, Escola Municipal de Taubaté. Fotografia do Acervo da Autora.


FIGURA 5: Grupos Produtivos e Mapa Mental sobre Feudalismo. Referência: Material elaborado por alunos do 7º Ano da EMIEFM Emílio Amadei Beringhs em 2019, Escola Municipal de Taubaté. Fotografia do Acervo da Autora.

Os trabalhos em grupos produtivos para elaboração de Mapas Mentais tornam a experiência espontânea, prazerosa e criativa, oferecendo o constante diálogo e ensinando os alunos a trabalhar em equipe, debater ideias, gerenciar discordâncias e delinear os pontos de vistas pontuais do grupo na elaboração de seus materiais. Podemos apresentar que os resultados foram além do que a professora esperava, observamos que os alunos dos anos finais do ensino fundamental necessitam de propostas assim para deixarem de serem analfabetos funcionais, refletirem divergências de um mesmo tempo e saber o significado de trabalhar em grupos.
5-  Conclusão
O registro da percepção dos alunos por meio de mapas mentais possibilitou uma maior conhecimento acerca do entendimento dos mesmos, referente aos temas propostos pela professora nestes 1 ano de aplicação (2018-2019). A partir das informações obtidas houve uma discussão a fim de delinear ideias, acrescentar ou retirar informações, discordar para chegar a pontos em comuns sobre temas e conceitos, somando a ideia dos mapas mentais com os grupos produtivos. Foi possível trabalhar conceitos a partir dos conhecimentos prévios dos alunos, estimulando a imaginação, desenvolvendo habilidades e competências, trazidas pela Base Nacional Comum Curricular, como norma mais atual da nossa legislação educacional.
Por fim, destaca-se a importância da aplicação dessa ferramenta aqui analisada, ampliando as possibilidades de seu uso, desde da forma individual até com o trabalho em grupos produtivos, gerando e ampliando o conhecimento e o senso crítico dos alunos perante as temáticas e conceitos presentes nos currículos de História, já focando as Habilidades propostas pela Base Nacional Comum Curricular, proporcionando aos mesmos a conscientização e a sensibilização com as organizações de suas ideias e as divergências com seus companheiros, as representando de forma coerente. Assim, a utilização de Mapas Mentias, sua codificação e posterior debate é uma alternativa favorável para que os professores estimulem seus alunos a terem autonomia, servindo inclusive como um mapa avaliativo mais complexo referente a evolução da compreensão do aluno, já verificando as Habilidades propostas pelos currículos comuns nacionais e aspectos regionais.

Referências
Ludmila Pena Fuzzi, , Licenciada em História pela Universidade de Taubaté (2008), Pós Graduada em Políticas e Sociedades do Brasil Contemporâneo pela Universidade de Taubaté (2010), Pós Graduada em Educação, Patrimônio e Cidadania pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro-UERJ (2017), Professora de História pela Prefeitura Municipal de Taubaté, Membro da Associação Brasileira de História Oral (ABHO), Membro da Associação Brasileira de História (ANPUH), Diretora e Fundadora do Instituto de Pesquisa Histórica e Ambiental Regional (IPHAR)e Membro Técnico e Educacional do Grupo de Patrimônio Cultural de Taubaté.
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 13ª ed. São Paulo: HUCITEC, 2012
BAZAN, Tony. Mapas Mentais: Métodos criativos para estimular o raciocínio e usar ao máximo o potencial do seu cérebro, Rio de Janeiro, Sextante, 2009.
CLAVAL, Paul. Epistemologia da Geografia. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2011.
FERRARA, L. D'A. Leitura sem palavras. São Paulo: Ática, 2007. 
KOZEL, Salete. Mapas mentais – uma forma de linguagem: perspectivas metodológicas. In: KOZEL, S. [et al.] (orgs.). Da percepção e cognição à representação: reconstrução teórica da Geografia Cultural e Humanista. São Paulo: Terceira Margem; Curitiba: NEER,  p.114-38, 2007.
___________. Representação e Ensino: Aguçando o olhar geográfico para os aspectos didático-pedagógicos. In:  SERPA, Angela (org.). Espaços culturais:vivencias, imaginações e representações. Salvador: EDUFBA,  p. 71 – 88, 2008.
LYNCH, K. A Imagem da Cidade. (Versão Portuguesa). Lisboa: Edições 70, 1960. 
MORAES, Loçandra Borges de. A cidade em mapas: Goiânia e sua representação no ensino de Geografia. Goiânia: E. V., 2008.
RICHTER, Denis. O mapa mental no ensino de Geografia: concepções e propostas para o trabalho docente. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011.
RUSSO, Maria de Fátima. Alfabetização: um processo em construção. São Paulo, Saraiva, 2012.
VIGOTSKI, Lev Semenovich. A formação social da: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

11 comentários:

  1. Bom dia! Parabéns pelo ótimo texto! Creio que ainda é uma temática ainda pouco explorada na educação e especialmente no ensino e aprendizagem histórica.
    Apenas queria saber se existe referencial bibliográfico ligado exclusivamente à questão dos mapas mentais e ensino de história.
    Obrigada!

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  2. Boa Tarde! Não consegui identificar seu nome na postagem! Primeiramente, fico feliz em ter gostado do material! Se observar minhas referências a maioria vem da área de geografia, justamente por não existir nem livros, capítulos de livros ou artigos sobre Mapa Mental e Ensino de História Exclusivamente. Foquei na geografia para referendar a ideia do uso da proposta como viés palpável na autonomia da ferramenta, aplicando assim os resultados com o ensino de história. Minha proposta é publicar em um livro de métodos inovadores sobre o assunto e ou um artigo mais aprofundado ainda, este é o ponta pé inicial. Indico a leitura do Mapas Mentais: Métodos criativos para estimular o raciocínio e usar ao máximo o potencial do seu cérebro, do Tony Bazan para iniciar os estudos e preparar ideias.

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    1. Meu nome é Márcia Elisa Tetê Ramos. Sou professora de metodologia do ensino de história do curso de história e do Profhistoria da Universidade Estadual de Maringá, bem como do mestrado em história social da Universidade Estadual de Londrina, linha de pesquisa história e ensino.
      Por isso meu interesse.
      Creio que seu objeto de pesquisa é profícuo. Como disse, apreciei seu texto e aprendi muito.
      Abraço

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    2. Obrigada Márcia, fique a vontade para oferecer apontamentos construtivos e ideias que possam contribuir ainda mais para nosso crescimento em conjunto!

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  3. Boa tarde.
    Parabéns pelo texto Ludmila Pena, também utilizo os mapas mentais ou conceituais em sala de aula. Esse método de aprendizagem era obrigatório na instituição que estudei a graduação. E está me auxiliando de forma significativa no mestrado. Enfim, quando fiz meu estágio docente, escolhi uma escola que mantinha a Educação Jovens e Adultos (EJA), no qual apliquei esse recurso. Os meus alunos não tinham muito conhecimento a respeito e não teve um bom impacto, diferente da outra turma de adolescentes. Gostaria de saber, como foi o impacto dos seus alunos ao ver esse método de aprendizagem? Na escola deles já mantinham o uso dos mapas?

    Desde já obrigada.

    Amanda de Oliveira Santos

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  4. Amanda, boa noite! O método foi aplicado de 6º ao 9º Ano para a disciplina de História e 1º Ano do Ensino Médio, para Sociologia e Filosofia. Vou falar da experiência no fundamental. Meus alunos de escola pública, situadas inclusive em locais periféricos nunca tinham ouvida falar em mapa mental. O interessante que quando apresentei eles logo me disseram que jamais seriam capazes: Após explicar para eles diferentes formas de organizar um Mapa Mental (uma aula que chamei de Metodologia de Mapas Mentais), selecionei um texto simplificado para cada ano, voltado as necessidades das habilidades específicas curriculares e retirei um tema central para cada, a partir da leitura eles foram elaborando são mapinhas simplificados. Assim verifiquei dificuldades, intervenções e fomos melhorando! Caminhei depois para elaboração de Mapas Mentais em Duplas, usando mesmo ponto, chegando nos finalmente com a proposta de Mapas Mentais em grupos produtivos! O Impacto inicial foi de medo, susto e complexo em suas mentes, o exercício gerou a curiosidade e despertou as criatividades, e o impacto final foi facilidade em compreender a organização dos temas que eles estudam em História. Gostam que foram inserindo desenhos, símbolos e os mapas ganharam enriquecimento, produtividade, autonomia! O uso dessa proposta desencadeou eles a autonomia para criarem os mapas deles para estudarem e outros professores passaram a adotar a ideia! Já utilizei como proposta de aula inversa, sem eu explicar o conteúdo em si, pedi que eles buscassem informações, ideias e montassem seus mapas, no caso da Revolução Francesa, ficaram ótimos, quando fui dar a explanação dialogada, eles entenderam ainda mais! Posso inclusive compartilhar que alunos de inclusão que não sabem escrever o próprio nome produziram seus mapas adaptados com imagens e acompanhamento meu, é ideia inclusive para um próximo material de artigo: Educação Inclusiva e o Uso de Mapas Mentais!

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  5. Esqueci de apontar referente aos alunos de Ensino Médio! A proposta foi trabalhar com eles várias linhas já mais complexas de Mapas Mentais, inclusive em estilo de neurônios como propõe o Tony Barzan. Esses mapas só trabalham com palavras chaves e são mais complexos de serem elaborados, mas realmente conseguimos resultados bem interessantes. No final do ano eles apresentaram os resultados de uma pesquisa científica em formato de Mapa Mental para uma Banca de professores que elaborei, a discussão foi maravilhosa!

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  6. Professora Ludmila, parabéns pela pesquisa. Nesse mundo de Twitter, interpretar textos escritos se torna cada vez menos procurado pelos estudantes. Pequenos parágrafos muitas vezes são praticamente indecifráveis para alguns, ,e esses alguns são aqueles a quem mais temos que nos dedicar, não é mesmo!Pensando nesses alunos com mais dificuldade para interpretação, como os mapas mentais podem contribuir para esse ponto específico da aprendizagem? Há algum autor ou autora que indicas para aprofundarmos esse tema para além dadas suas referências bibliográficas?

    CICERA TAMARA GRACIANO LEAL DA SILVA FERNANDES

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  7. Cícera boa noite! A proposta não é somente nós passarmos mapas mentais prontos, mas como foco principal eles mesmo produzirem. Vou começar com alunos com dificuldade de interpretação, sem nenhum transtorno, síndrome e ou deficiência reconhecida nos estudos da Educação Especial. Como apresentei, o procedimento é processual e vamos passo a passo tornando mais complexo as propostas! Os alunos com dificuldade inicialmente terão dificuldade de trazer informações do texto para a organização de seu mapinha! Nesse momento nosso papel é fundalmental: você os auxilia a desenhar as setas e vai conversando com eles e com o texto, deixe que eles se percam, que fique desorganizado, eles apagam e fazem de novo. Encontrei inclusive a experiência deles dificultarem na síntese de informações, eu dizia "escolha as frases que lhe parecem importantes", vamos pensar em o que você quer do seu tema? Os ensinei a conversar com o texto. Para alunos de inclusão tenho usado muito, inclusive para os que não são letrados nem com o próprio nome. Ano passado, uma aluna produziu um mapa mental sobre a China Antiga com desenhos, representou a formação da Chila no vale, representando um "Rio Amarelo" e foi colocando símbolos, sempre acompanhada por mim. Este ano um aluno produziu um mapa desenhado sobre a 1ª Guerra Mundial! O segredo esta em acompanhar, dialogar, deixar errar e refazer, grupos produtivos para esses alunos também é bem interessante, pois aprendem com os coleguinhas! Quanto as referências que conheço são essas e infelizmente não temos voltadas ao ensino de História, somente para geografia, arte e ciências, mas a ideia é eu ampliar. Meu próximo artigo será o uso de Mapas Mentais com Educação Inclusiva.

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  8. Texto interessantissimo e provocativo.
    Teria recomendações para quem deseja enveredar por esse caminho, isto é, na sua utilização em sala de aula?

    Lucas Rafael Santos Costa

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    1. Claro Lucas! Instigue seus alunos, acredite que eles são capazes, comece devagar, propondo a produção de mapinhas mais simplificado, com palavras chaves a partir da temática que você deseja, por exemplo, no 6º Ano, um mapa sobre o Rio Nilo, aos poucos vamos ampliando até chegar em grupos produtivos. Também apresente mapas prontos para que eles saibam diferentes tipos. Com alunos com dificuldades deixe que façam seus mapinhas com registro de desenhos, são significativos do mesmo jeito!

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