O USO DE MAPAS MENTAIS E CONCEITUAIS
NO ENSINO DE HISTÓRIA: DESENVOLVENDO HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
1- Introdução
As
imagens são representações impregnadas de memórias e significações, quando
organizadas de diferentes formas, propiciando reflexões mais concretas de
conceitos e temas. O presente trabalho objetivou tornar o aluno como indivíduo
autônomo em seu processo de ensino aprendizagem, utilizando-se da ferramenta de
Mapas Mentais e Conceituais, tendo como foco as aulas inversas e metodologias
ativas, propostas nos novos modelos educacionais, inclusive se embasando da
integralidade do desenvolvimento de Habilidades e Competências propostas na
Base Nacional Comum Curricular. O público alvo desta pesquisa foram os anos
finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º Ano), com atividades, ações e testes
aplicados durante o ano de 2018 e início de 2019, em escolas municipais de
Taubaté.
As
experiências humanas sempre imersas em uma cultura criam significados para tudo
o que está à sua volta e uma forma de captar as concepções do indivíduo e sua
forma de organizar o pensamento referente a um conceito ou temática é propondo
mapas mentais e ou conceituais, para serem produzido pelos alunos. Os
resultados apresentados desta proposta pedagógica tende a ser significações de
algo presente em sua mente, construídas socialmente e historicamente. Para
Ferrara (2007), toda representação é uma imagem, um simulacro do mundo a partir
de um sistema de signos, ou seja, qualquer representação é um gesto que
codifica o universo.
Com
base no que estamos apresentando, podemos verificar que o uso de mapas mentais
e conceituais nas aulas de História no Fundamental é oportunizar a articulação
entre objetos do conhecimento, conceitos históricos e saberes aprendidos pelos
alunos ao longo da sua formação, além de desenvolver a autonomia na organização
de seu pensamento, gerando situações problemas a serem solucionados com a
reorganização da ideia para elaboração de seus esquemas. Esta proposta também
vem oferecer a formação de alunos construtores de mapas conceituais e mentais,
sendo leitores críticos das informações ali a serem inseridas e do espaço que
deverão utilizar para organizar suas ideias. Para isto, Loçandra Borges de
Moraes (2008), nos faz refletir que:
“A
necessidade de considerar o saber do aluno e sua realidade; de encará-lo como
sujeito do processo ensino-aprendizagem; de transformar as informações
científicas em conteúdos didaticamente assimiláveis, considerando sua idade,
seu nível de desenvolvimento mental, suas condições de aprendizagem e
socioeconômicas; de o professor investigar sua prática para modificá-la”. (MORAES 2008, p.
21)
2- A
Ferramenta do Mapa Mental e ou Conceitual e o Desenvolvimento de Habilidades e
Competências.
Através
dos estudos realizados por Richter (2011) e Kozel (2008) sobre os mapas mentais
como um recurso didático, nos apresenta o registro de representações, imagens
mentais sobre as experiências vividas, os raciocínios organizados, interligados
com pré-conhecimentos sobre determinados assuntos, oferecendo um diagnóstico da
rede compreendida pelo aluno. Estas informações mentais transpostas para o
papel procuram ser vinculadas aos objetos do conhecimento de História com a
finalidade de construção de novas competências para a aprendizagem dos alunos
dos anos finais do Ensino Fundamental. A proposta com mapa mental difere-se das
atividades relacionadas ao desenho, mediante aos objetos propostos pelo
professor em sua orientação da tarefa a ser realizada, delimitando um tema abordado.
Para
se verificar a profundidade na lógica do uso do signo, trazemos ao debate sobre
mapas mentais Vigotski (1998) e Bakhtin (2012), que observam no signo a
possibilidade da comunicação social. A unidade dialética das habilidades,
inteligência posta em prática e a competência, o conhecimento, do saber
histórico e do saber cotidiano que possibilidade a comunicação do sujeito e se
aprimora na complexidade da vida social.
Para
Salete Kozel (2008), desta maneira a intenção é levar as relações simbólicas espaciais,
a compreensão que os sujeitos adquirem da mesma, suas múltiplas relações para
com o real, considerando o saber e saber-fazer do aluno enquanto sujeito
social, que vive, experiência a sociedade e suas tramas cotidianas.
Ao
longo da história, a humanidade desenvolveu suas atividades de caça, pesca e
coleta de frutos para a sua sobrevivência, construiu civilizações, transformou
o meio, mapeou o tempo de diferentes formas, extraiu matéria prima para
produzir utensílios necessários para a manutenção do grupo humano, o que para
referendar este processo, Paul Claval (2011), nos diz que a capacidade de
traçar itinerários, de locomover-se e memorizar o espaço, resulta na atividade
de representação.
Nesta
perspectiva podemos compreender a importância de oferecer aos alunos o uso do
mapa mental e ou conceitual de diferentes formas, como realizamos no período
mencionado na abertura deste artigo. Para iniciarmos o aluno na proposta,
oferecemos a oportunidade que suas anotações no caderno sejam realizadas em formato
de mapas mentais e ou conceituais, trazidos pelo professor, que media a
ferramenta em sua aula expositiva dialogada, depois podemos ir inserindo a
autonomia, em que a partir de textos o aluno vá criando seus mapas mentais e ou
conceituais simplificados até chegarmos na proposta na confecção de mapas
mentais e ou conceituais em grupos produtivos, estimulados pela aula inversa e
metodologia ativa, em que o professor solicita dos alunos uma preparação sobre
um determinado tema em que ainda não mediou em sala de aula, gerando a
elaboração de grupos produtivos. Ao final, o professor irá dar a sua aula
expositiva dialogada com o material elaborado pelos seus alunos.
“Um
mapa mental utiliza todas as habilidades do cérebro para interpretar palavras,
imagens, números, conceitos lógicos, ritmos, cores e percepção espacial com uma
temática simples e eficiente. Ele nos dá a liberdade de ir aonde quer que nossa
mente nos leve” (BUZAN 2009, p.11)
Para compreendermos a eficiência dos mapas
mentais e conceituais em sala de aula, podemos verificar como nosso cérebro
funciona. Para isto, Tony Buzan (2009), nos diz que o cérebro é um processador
extraordinário, superpoderoso, capaz de realizar infinitas reflexões e criar o
Pensamento Radiante (pensar em diferentes direções ao mesmo tempo, partindo de
ativadores centrais presentes em Imagens-chave ou Palavras-Chaves). Para isto,
o autor nos apresenta as cinco funções principais:
FIGURA
1: Cinco Funções Cerebrais e os Mapas Mentais
e Conceituais Referência: Adaptado
de BUZAN (2008, p. 16)
Ao
analisarmos a Figura 1, em
contraponto a proposta do uso de mapas mentais em sala de aula verificou que
uma única atividade compreenderá em como o aluno Recebe as informações, depois como ele as Armazena, verificando logo em seguida seu poder de Análise, concebendo sua forma de Controle dessas informações e seu
gerenciamento e por fim como nós a Expressaremos
em desenhos, movimentos, manifestações criativas e organizações
pictográficas, palavras chaves e ligações, se tendo assim um verdadeiro mapa
avaliativo do processo de aprendizagem do aluno ou grupo produtivo daquele
determinado objeto do conhecimento. Para este fim, trabalhos múltiplas
habilidades e competências, podendo ser interligadas com o que se propõe a Base
Nacional Comum Curricular.
Os
resultados dessa expressão do cérebro podem ser representações em forma de
mapas mentais e ou conceituais. Para Salete Kozel (2008), os mapas mentais são
uma forma de linguagem que reflete o espaço vivido, sendo produtos de relações
dialógicas estabelecidos entre o eu, o outro e o tema proposto, proporcionando
uma análise mais ampla do indivíduo no contexto social e cultural em que se
esta inserido.
“No
objeto real pode existir pouco a ordenar e observar e, no entanto, a sua Figura
Mental pode ter ganho identidade e organização através de uma longa
familiaridade. Por exemplo, um indivíduo poderá facilmente encontrar objetos
onde para outros, aparentemente, apenas existe uma mesa de trabalho
completamente desarrumada” (LYNCH, 1960, p. 16).
Nos
estudos acerca da importância de compreendermos das múltiplas leituras que o
aluno faz acerca de um tema e ou imagem, é de grande valia, pois trará ao
professor uma visão diferenciada, podendo levar a uma troca de aprendizagem.
Para isso é muito interessante o professor partir do material
elaborado pelo
próprio aluno, ampliando desafios e visões em suas explanações.
FIGURA
2: Mapa Mental sobre Inconfidência Mineira. Referência: Material elaborado por
alunos do 8º Ano da EMEF Profa. Marisa Lapido Barbosa em 2018, Escola Municipal
de Taubaté. Fotografia do Acervo da Autora.
Na
Figura 2, resultado de uma proposta
realizada no ano letivo de 2018, com alunos do 8º Ano, na metodologia de grupos
produtivos, observamos que a palavra chave proposta foi Inconfidência Mineira.
Através do grupo produtivo, os alunos dialogaram, se organizaram e
representaram em símbolos e palavras sua compreensão do tema proposto.
FIGURA
3: Mapa Mental sobre Inconfidência Mineira. Referência: Material elaborado por
alunos do 8º Ano da EMEF Profa. Marisa Lapido Barbosa em 2018, Escola Municipal
de Taubaté. Fotografia do Acervo da Autora.
A
proposta resultou em diferentes mapas mentais, mas com raciocínios alinhados à
identidade do grupo, como também podemos observar na Figura 3, em que os autores demonstraram habilidades com desenhos,
mas não deixaram de seguir a proposta da professora em elaborar um Mapa Mental
ligado ao objeto do conhecimento referente à Inconfidência Mineira.
3- A
Produção de Mapas Mentais e a Proposta da BNCC
Na
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o conceito de Competência é apresentado
como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do
mundo do trabalho. Nesta perspectiva, compreendemos como a ferramenta proposta
como metodologia de ensino neste artigo esta ligada ao que se deseja alcançar
com o nova Normatização da Educação Nacional vem nos trazer.
Dentre
as 10 Competências Gerais propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
a competência de número 2 é a que esta mais ligada ao debate da importância do
uso de Mapas Mentais e ou Conceituais, denominada pela Profa. Ana Penido de Competência 2: Pensamento Científico,
Crítico e Criativo, em que com esta proposta podemos oportunizar o
desenvolvimento desta Competência através de várias Habilidades, focadas no
objetivo em que o professor estabelecer a partir da forma como organizará sua
atividade.
“2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à
abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise
crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.” (BRASIL, 2017,
p. 9)
Considerando
o que se propõe na BNCC e o uso de Mapas Mentais em sala de aula, podemos
delinear as principais Habilidades que podem ser desenvolvidas a partir da
Competência aqui apresentada, listando:
ü Interpretação de dados e informações
com precisão. Posicionamento crítico a partir de critérios científicos, éticos
e estéticos;
ü Uso de raciocínio indutivo e
dedutivo para analisar e explicar recursos, soluções e conclusões de processos
de investigação;
ü Formulação de hipóteses. Explicação
da relação entre variáveis. Sustentação de raciocínio com intuição, observação,
modelo ou teoria;
ü Análise de argumentos, raciocínios e
evidências. Aprimoramento da lógica da investigação;
ü Comparação, agrupamento e síntese de
informações de diferentes fontes para produzir conclusões sólidas e evitar
erros de lógica;
ü Testagem, combinação, modificação e
geração de ideias para atingir objetivos e resolver problemas;
ü Conexão entre ideias específicas e
amplas, prévias e novas, a partir de diferentes caminhos;
ü Questionamento e modificação de
ideias existentes e criação de soluções inovadora;
Verificando
essas Habilidades, embasamos que o a proposta desta Ferramenta caminha em
direção as normais mais atuais da Educação Brasileira,visando sempre
ressignificar códigos apresentados, o papel do professor, o vislumbre do aluno
e muitos outros aspectos.
4- O
Trabalho de Mapas Mentais em Grupos Produtivos
Muito
tem se falado em agrupamentos produtivos, que consistem em agregar alunos em
diferentes níveis de escrita e ou aprendizagem para que possam interagir e
assim, juntos construir e trocar conhecimentos, entendendo que a aprendizagem
não acontece de forma isolada e individual, mas na interação entre os sujeitos
e o objeto. Há nesse momento uma troca de conhecimentos, e consequentemente um
avanço na aprendizagem. Russo (2012) nos afirma que grupos produtivos é uma das
estratégias mais úteis à aprendizagem porque, quando as crianças ficam juntas,
trocam ideias, ensinando e aprendendo naturalmente, sem inibições e
preconceitos.
Os
agrupamentos seguem os princípios dos saberes já construído pelos alunos em
percurso escolar, bem como leva em consideração a heterogeneidade de saberes
existes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos
alunos, pois essa forma de trabalhado é ancorada, em sua concepção, pela
interação entre as crianças com a mediação do professor. Na elaboração em
conjunto dos Mapas Mentais, esses saberes são fundidos e uma aprendizagem
dialogada ocorre, ampliando visões sobre um mesmo tema proposto.
O
trabalho com os agrupamentos produtivos considera que os alunos têm saberes
diferente e pressupõe um trabalho em um sistema de ensino que possibilidade que
esses saberes sejam compartilhados, discutidos, confrontados, modificado, e
que, ao mesmo tempo, possam trocar seus saberes relacionados ao objeto do
conhecimento, como ainda pensar em estratégias para a resolução da situação
problema demandada pelo professor, analisar os diferentes pontos de vista para
realizar generalizações e negociar em um acordo que represente o grupo.
Tony
Buzan (2009) nos diz que os Mapas Mentais despertam o interesse imediato dos
estudantes porque ser criados como um exercício de equipe. Eles estimulam os
alunos a se manterem mais receptivos e atentos na sala de aula. O interessante
é que podemos verificar alguns aspectos da aprendizagem em grupo produtivo
somado à estratégia de produção de mapas mentais, tais como:
ü A abrangência dos assuntos tratados;
ü A profundidade da abordagem desses
temas em grupos produtivos;
ü A inclusão de diferentes visões em
um único esquema mental;
ü A adoção de técnicas que facilitam o
aprendizado, como cores, símbolos e setas, interligando os diferentes pontos de
vista do grupo.
FIGURA
4: Grupos Produtivos e Mapa Mental sobre
Revolução Francesa. Referência: Material
elaborado por alunos do 8º Ano da EMIEFM Emílio Amadei Beringhs em 2019, Escola
Municipal de Taubaté. Fotografia do Acervo da Autora.
FIGURA
5: Grupos Produtivos e Mapa Mental sobre
Feudalismo. Referência: Material
elaborado por alunos do 7º Ano da EMIEFM Emílio Amadei Beringhs em 2019, Escola
Municipal de Taubaté. Fotografia do Acervo da Autora.
Os
trabalhos em grupos produtivos para elaboração de Mapas Mentais tornam a
experiência espontânea, prazerosa e criativa, oferecendo o constante diálogo e
ensinando os alunos a trabalhar em equipe, debater ideias, gerenciar
discordâncias e delinear os pontos de vistas pontuais do grupo na elaboração de
seus materiais. Podemos apresentar que os resultados foram além do que a
professora esperava, observamos que os alunos dos anos finais do ensino
fundamental necessitam de propostas assim para deixarem de serem analfabetos
funcionais, refletirem divergências de um mesmo tempo e saber o significado de
trabalhar em grupos.
5- Conclusão
O
registro da percepção dos alunos por meio de mapas mentais possibilitou uma
maior conhecimento acerca do entendimento dos mesmos, referente aos temas
propostos pela professora nestes 1 ano de aplicação (2018-2019). A partir das
informações obtidas houve uma discussão a fim de delinear ideias, acrescentar
ou retirar informações, discordar para chegar a pontos em comuns sobre temas e
conceitos, somando a ideia dos mapas mentais com os grupos produtivos. Foi
possível trabalhar conceitos a partir dos conhecimentos prévios dos alunos,
estimulando a imaginação, desenvolvendo habilidades e competências, trazidas
pela Base Nacional Comum Curricular, como norma mais atual da nossa legislação
educacional.
Por
fim, destaca-se a importância da aplicação dessa ferramenta aqui analisada,
ampliando as possibilidades de seu uso, desde da forma individual até com o
trabalho em grupos produtivos, gerando e ampliando o conhecimento e o senso
crítico dos alunos perante as temáticas e conceitos presentes nos currículos de
História, já focando as Habilidades propostas pela Base Nacional Comum
Curricular, proporcionando aos mesmos a conscientização e a sensibilização com
as organizações de suas ideias e as divergências com seus companheiros, as
representando de forma coerente. Assim, a utilização de Mapas Mentias, sua
codificação e posterior debate é uma alternativa favorável para que os
professores estimulem seus alunos a terem autonomia, servindo inclusive como um
mapa avaliativo mais complexo referente a evolução da compreensão do aluno, já
verificando as Habilidades propostas pelos currículos comuns nacionais e
aspectos regionais.
Ludmila
Pena Fuzzi, , Licenciada em História pela Universidade de Taubaté (2008), Pós
Graduada em Políticas e Sociedades do Brasil Contemporâneo pela Universidade de
Taubaté (2010), Pós Graduada em Educação, Patrimônio e Cidadania pela
Universidade Estadual do Rio de Janeiro-UERJ (2017), Professora de História
pela Prefeitura Municipal de Taubaté, Membro da Associação Brasileira de
História Oral (ABHO), Membro da Associação Brasileira de História (ANPUH),
Diretora e Fundadora do Instituto de Pesquisa Histórica e Ambiental Regional
(IPHAR)e Membro Técnico e Educacional do Grupo de Patrimônio Cultural de
Taubaté.
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Bom dia! Parabéns pelo ótimo texto! Creio que ainda é uma temática ainda pouco explorada na educação e especialmente no ensino e aprendizagem histórica.
ResponderExcluirApenas queria saber se existe referencial bibliográfico ligado exclusivamente à questão dos mapas mentais e ensino de história.
Obrigada!
Boa Tarde! Não consegui identificar seu nome na postagem! Primeiramente, fico feliz em ter gostado do material! Se observar minhas referências a maioria vem da área de geografia, justamente por não existir nem livros, capítulos de livros ou artigos sobre Mapa Mental e Ensino de História Exclusivamente. Foquei na geografia para referendar a ideia do uso da proposta como viés palpável na autonomia da ferramenta, aplicando assim os resultados com o ensino de história. Minha proposta é publicar em um livro de métodos inovadores sobre o assunto e ou um artigo mais aprofundado ainda, este é o ponta pé inicial. Indico a leitura do Mapas Mentais: Métodos criativos para estimular o raciocínio e usar ao máximo o potencial do seu cérebro, do Tony Bazan para iniciar os estudos e preparar ideias.
ResponderExcluirMeu nome é Márcia Elisa Tetê Ramos. Sou professora de metodologia do ensino de história do curso de história e do Profhistoria da Universidade Estadual de Maringá, bem como do mestrado em história social da Universidade Estadual de Londrina, linha de pesquisa história e ensino.
ExcluirPor isso meu interesse.
Creio que seu objeto de pesquisa é profícuo. Como disse, apreciei seu texto e aprendi muito.
Abraço
Obrigada Márcia, fique a vontade para oferecer apontamentos construtivos e ideias que possam contribuir ainda mais para nosso crescimento em conjunto!
ExcluirBoa tarde.
ResponderExcluirParabéns pelo texto Ludmila Pena, também utilizo os mapas mentais ou conceituais em sala de aula. Esse método de aprendizagem era obrigatório na instituição que estudei a graduação. E está me auxiliando de forma significativa no mestrado. Enfim, quando fiz meu estágio docente, escolhi uma escola que mantinha a Educação Jovens e Adultos (EJA), no qual apliquei esse recurso. Os meus alunos não tinham muito conhecimento a respeito e não teve um bom impacto, diferente da outra turma de adolescentes. Gostaria de saber, como foi o impacto dos seus alunos ao ver esse método de aprendizagem? Na escola deles já mantinham o uso dos mapas?
Desde já obrigada.
Amanda de Oliveira Santos
Amanda, boa noite! O método foi aplicado de 6º ao 9º Ano para a disciplina de História e 1º Ano do Ensino Médio, para Sociologia e Filosofia. Vou falar da experiência no fundamental. Meus alunos de escola pública, situadas inclusive em locais periféricos nunca tinham ouvida falar em mapa mental. O interessante que quando apresentei eles logo me disseram que jamais seriam capazes: Após explicar para eles diferentes formas de organizar um Mapa Mental (uma aula que chamei de Metodologia de Mapas Mentais), selecionei um texto simplificado para cada ano, voltado as necessidades das habilidades específicas curriculares e retirei um tema central para cada, a partir da leitura eles foram elaborando são mapinhas simplificados. Assim verifiquei dificuldades, intervenções e fomos melhorando! Caminhei depois para elaboração de Mapas Mentais em Duplas, usando mesmo ponto, chegando nos finalmente com a proposta de Mapas Mentais em grupos produtivos! O Impacto inicial foi de medo, susto e complexo em suas mentes, o exercício gerou a curiosidade e despertou as criatividades, e o impacto final foi facilidade em compreender a organização dos temas que eles estudam em História. Gostam que foram inserindo desenhos, símbolos e os mapas ganharam enriquecimento, produtividade, autonomia! O uso dessa proposta desencadeou eles a autonomia para criarem os mapas deles para estudarem e outros professores passaram a adotar a ideia! Já utilizei como proposta de aula inversa, sem eu explicar o conteúdo em si, pedi que eles buscassem informações, ideias e montassem seus mapas, no caso da Revolução Francesa, ficaram ótimos, quando fui dar a explanação dialogada, eles entenderam ainda mais! Posso inclusive compartilhar que alunos de inclusão que não sabem escrever o próprio nome produziram seus mapas adaptados com imagens e acompanhamento meu, é ideia inclusive para um próximo material de artigo: Educação Inclusiva e o Uso de Mapas Mentais!
ResponderExcluirEsqueci de apontar referente aos alunos de Ensino Médio! A proposta foi trabalhar com eles várias linhas já mais complexas de Mapas Mentais, inclusive em estilo de neurônios como propõe o Tony Barzan. Esses mapas só trabalham com palavras chaves e são mais complexos de serem elaborados, mas realmente conseguimos resultados bem interessantes. No final do ano eles apresentaram os resultados de uma pesquisa científica em formato de Mapa Mental para uma Banca de professores que elaborei, a discussão foi maravilhosa!
ResponderExcluirProfessora Ludmila, parabéns pela pesquisa. Nesse mundo de Twitter, interpretar textos escritos se torna cada vez menos procurado pelos estudantes. Pequenos parágrafos muitas vezes são praticamente indecifráveis para alguns, ,e esses alguns são aqueles a quem mais temos que nos dedicar, não é mesmo!Pensando nesses alunos com mais dificuldade para interpretação, como os mapas mentais podem contribuir para esse ponto específico da aprendizagem? Há algum autor ou autora que indicas para aprofundarmos esse tema para além dadas suas referências bibliográficas?
ResponderExcluirCICERA TAMARA GRACIANO LEAL DA SILVA FERNANDES
Cícera boa noite! A proposta não é somente nós passarmos mapas mentais prontos, mas como foco principal eles mesmo produzirem. Vou começar com alunos com dificuldade de interpretação, sem nenhum transtorno, síndrome e ou deficiência reconhecida nos estudos da Educação Especial. Como apresentei, o procedimento é processual e vamos passo a passo tornando mais complexo as propostas! Os alunos com dificuldade inicialmente terão dificuldade de trazer informações do texto para a organização de seu mapinha! Nesse momento nosso papel é fundalmental: você os auxilia a desenhar as setas e vai conversando com eles e com o texto, deixe que eles se percam, que fique desorganizado, eles apagam e fazem de novo. Encontrei inclusive a experiência deles dificultarem na síntese de informações, eu dizia "escolha as frases que lhe parecem importantes", vamos pensar em o que você quer do seu tema? Os ensinei a conversar com o texto. Para alunos de inclusão tenho usado muito, inclusive para os que não são letrados nem com o próprio nome. Ano passado, uma aluna produziu um mapa mental sobre a China Antiga com desenhos, representou a formação da Chila no vale, representando um "Rio Amarelo" e foi colocando símbolos, sempre acompanhada por mim. Este ano um aluno produziu um mapa desenhado sobre a 1ª Guerra Mundial! O segredo esta em acompanhar, dialogar, deixar errar e refazer, grupos produtivos para esses alunos também é bem interessante, pois aprendem com os coleguinhas! Quanto as referências que conheço são essas e infelizmente não temos voltadas ao ensino de História, somente para geografia, arte e ciências, mas a ideia é eu ampliar. Meu próximo artigo será o uso de Mapas Mentais com Educação Inclusiva.
ResponderExcluirTexto interessantissimo e provocativo.
ResponderExcluirTeria recomendações para quem deseja enveredar por esse caminho, isto é, na sua utilização em sala de aula?
Lucas Rafael Santos Costa
Claro Lucas! Instigue seus alunos, acredite que eles são capazes, comece devagar, propondo a produção de mapinhas mais simplificado, com palavras chaves a partir da temática que você deseja, por exemplo, no 6º Ano, um mapa sobre o Rio Nilo, aos poucos vamos ampliando até chegar em grupos produtivos. Também apresente mapas prontos para que eles saibam diferentes tipos. Com alunos com dificuldades deixe que façam seus mapinhas com registro de desenhos, são significativos do mesmo jeito!
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