RURALISMO PEDAGÓGICO NA INTERVENTORIA DE AGAMENON MAGALHÃES EM PERNAMBUCO - (1937-1945)
O objetivo desta pesquisa é analisar as práticas
educacionais desenvolvidas pela Interventoria de Agamenon Magalhães, em
Pernambuco 1937-1945, em diálogo com as ocorridas nacionalmente para a educação
na zona rural. Trata-se de um trabalho historiográfico e documental o qual tem
como corpus documental os registros referentes às estratégias educacionais
empregadas na Interventoria encontrados nos: Relatórios dos Governadores de
Pernambuco, 1939, 1940 e 1942; Programas de Ensino, 1938, 1939 e 1945; e o
artigo, da Diretora do Departamento de Educação Maria do Carmo R. Pinto, “O
ruralismo em Pernambuco” publicado na Revista da Educação, 1942, sob a guarda
do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (APEJE).
Os registros dos documentos citados acima foram obtidos
através da fotodigitalização da documentação selecionada, visto que este
procedimento aperfeiçoa a pesquisa; posteriormente transcreveu-se de forma simples
e completa (ARÓSTEGUI ,2006).
O Estado Novo defendia a necessidade de ampliação do
território nacional, com a delimitação de suas fronteiras, e foi naquele
contexto que o “sertanejo” foi invocado pela Interventoria como fundamental
para projeto político estadonovista. Além disso, afirmando-se que agricultura
em Pernambuco estava em uma situação lastimável, o incentivo à fixação do homem
rural no campo foi considerado essencial para a transformação econômica do
estado (RAMOS, p.2014).
Conforme aprendemos com Albuquerque Júnior (2001), a região
nordeste na década de 1930 e 1940, começou a ser construída (porque até então
ela não existia) tanto como uma realidade geográfica, quanto como uma
experiência sentimental. Neste processo de construção atuaram as famílias
tradicionais “nordestinas” (expressão também criada neste processo) e seus
descendentes, os quais sofreram inúmeras perdas políticas e materiais desde os
fins do século XIX. E também atuaram milhares de homens pobres, muitos
camponeses, obrigados a imigrarem em direção ao Sudeste (“inventado” também
nesta mesma época), notadamente, São Paulo e Rio de Janeiro, em busca de empregos,
de uma oportunidade de vida, sobretudo, no parque industrial que, a partir da
Primeira Guerra, se desenvolveu aceleradamente.
Estes camponeses deixaram um espaço em crise econômica,
cujas atividades tradicionais não conseguiam acompanhar o ritmo de
desenvolvimento de produções concorrentes, tanto do exterior, quanto de outras
regiões do país. Deixaram uma região com graves problemas climáticos e
mantenedor de relações sociais e de poder inibidoras das suas possibilidades de
ascensão social ou de melhoria das suas condições materiais de vida e trabalho.
Diante da diminuição do fluxo imigratório europeu na década
de 1920, o homem do campo foi transformado em força produtiva de modo a
contribuir para o progresso. No discurso nacionalista, ele emergiu “na figura
do caboclo, sertanejo, jeca-tatu, caiçara, caipira, variantes da imagem do
elemento rural. Tal elemento, até então depreciado, passou a ser visto como
cerne e vigor da raça” (ALBUQUERQUE JR ,
2001, p.217). Noutra direção idealizou-se o campo/natureza como “um paraíso” de
“pureza e harmonia”, em contraposição ao “inferno urbano”. No Brasil, o campo
se opunha ao litoral, mostrado como o lugar da exploração capitalista
estrangeira e seus aliados nacionais, as oligarquias agrárias, as quais, desde o
início da colonização, exploraram as riquezas da terra brasileira, impedindo
sua prosperidade.
Como nos esclarece Capelato (1998), o nacionalismo
estadonovista enfatizava as características da comunidade brasileira forjadas
num tempo de longa duração. A história subordinava-se à índole original do
povo/nação e, nessa perspectiva, o passado estava contido no presente visto
como desdobramento de uma vocação, sempre em voga, porque constitutiva do
caráter nacional.
Embora se evidencie desde as primeiras décadas do século XX
uma preocupação de intelectuais ligados à educação com a escolarização da zona
rural, foi a partir da década de 1930 que esta se disseminou entre os setores
governamentais, tendo em vista fixar o homem no campo. Conforme explicou
Bezerra Neto (2003, p.11), “o termo ruralismo pedagógico foi cunhado para
definir uma proposta de educação do trabalhador rural que tinha como fundamento
básico a ideia de fixação do homem no campo por meio da pedagogia”.
No projeto político da Ditadura Vargas, a educação rural ocupou
um lugar estratégico para a esperada modernização da sociedade brasileira. Nesse contexto, as questões educacionais
encontravam-se entrelaçadas com as de cunho econômico, podendo resumir esse
debate à defesa de uma escola adaptada à zona rural. A escola rural ora foi concebida, no período,
para instruir, civilizar, moralizar, higienizar e nacionalizar, ora como
instrumento de modernização e fixação do homem no campo e sendo apresentada
como elemento de estabilidade e de segurança nacional.
A crítica dos ruralistas pedagógicos
girava em torno de três elementos: o professor, o método de ensino e o
currículo. Segundo os ruralistas, os professores deveriam ministrar conteúdos
que possibilitassem a melhoria de vida do homem no campo, além de barrar o êxodo
rural. Desta forma, o discurso ruralista relacionava o papel da educação com
preocupações relativas a outros campos, como os da política demográfica, da
segurança nacional e da colonização interna e possuía papel de destaque nas
pretensões do Estado Novo (PRADO,1995).
Para a professora Maria do Carmo (1942, p.49-50) – então
Diretora do Departamento de Educação -, em Pernambuco, a questão da fixação do
homem rural no campo era objeto de preocupação do Interventor e recebia atenção
especial. Com o objetivo de fixá-lo ao seu habitat,
havia sido iniciado, pelo Interventor, o movimento ruralista do ensino que
“tudo promete de animador, de positivo, de integral”.
O artigo da Diretora destacou que o ensino rural no estado
estaria terminado em alguns anos. Desta forma, ao final daquele ciclo, a zona
rural pernambucana possuiria uma educação perfeitamente ajustada a seu meio,
solucionando um problema que era percebido não apenas em Pernambuco, mas em
todo o país. Em consonância com o ideário do ruralismo pedagógico no período,
defendeu que a escola rural deveria ser diferente da escola urbana, sendo
ministrados conhecimentos diferentes, visto que as suas demandas eram
diferentes. Argumentava que fornecer os mesmos conhecimentos às pessoas de
ambos os meios, era permanecer em um erro das antigas formas de ensino que
haviam prejudicado substancialmente a economia nacional.
O propósito defendido pelo Estado Novo e por Agamenon, desde
sua formação, não era apenas fixar o homem no campo, mas também “colonizar” as
regiões interioranas do Brasil. A preocupação com interior do Brasil
apresentava um duplo caráter: de um lado era econômica e possuía como objetivo
a expansão de mercados e a criação destes em áreas de penetração para o
capitalismo. Por outro lado, visava a ocupação do solo brasileiro e a
manutenção de suas fronteiras.
Como elemento coordenador das atividades ruralistas em
Pernambuco, foram fundados Clubes Agrícolas Escolares. A diretora explicou que
Agamenon Magalhães, em um de seus artigos diários, afirmou que “os Clubes
Agrícolas Escolares, poderão operar profundas modificações nas nossas condutas,
reconciliando a sociedade com a terra, as plantas e os animais” (RIBEIRO, 1942,
p.51).
Todos os Clubes possuíam renda decorrente da venda de
produtos da horta, do jardim, do aviário, da colheita, etc. Entretanto, os
clubes não tinham a finalidade de adquirir renda. Segundo os preceitos
defendidos pela Interventoria, aquelas ações buscavam educar economicamente as
crianças e facilitar a aquisição de materiais próprios do trabalho e ao
aprendizado.
Os Clubes tinham a finalidade de despertar nas crianças,
através do incentivo a cultura da terra, o gosto pela agricultura, o amor à
vida do campo, aproveitando as tendências naturais e vocacionais dos alunos. Deveriam
ser fundados clubes em todos os Grupos Escolares que possuíssem área
aproveitável, podendo ser criados, também, nas escolas isoladas do Estado, dos
munícipios e nas escolas particulares. Eles promoveriam concursos, exposições
com os produtos da sua atividade agrícola e semanas ruralistas. Além disso,
seriam orientados por uma professora da escola na qual estivessem instalados,
considerando-se esse serviço motivo de merecimento para promoção da professora
em sua trajetória no magistério. Deveriam ainda, organizar as festividades do
Dia do Milho, Dia da Árvore, o Dia da Colheita, o Dia da Saúva, semanas de
combates às pragas e campanhas em prol das plantas produtivas do Brasil.
No Brasil, nesse momento, a expansão do ensino primário
rural adquiriu um caráter que se sobrepôs ao combate ao analfabetismo dos anos
1920. Visava, sobretudo, à fixação do homem rural no campo, tornando a escola
primária o lócus de difusão do
conhecimento, com o intuito de levar a modernização à zona rural a partir das
novas técnicas agrícolas e de educação sanitária – noções de higiene e combate
de doenças. Associado ao projeto da Ditadura Vargas de modernização da
sociedade brasileira, a educação rural foi vista como um meio de contenção do
fluxo migratório, de saneamento do interior e de formação técnica.
O cerne da questão era a criação de uma escola destinada à
zona rural, adaptada ao homem e ao meio no qual estava sendo inserida. O
governo estadonovista considerava fundamental a política de reter o homem no
meio rural, evitando a emigração. Desta forma combatia dois problemas: a
escassez de mão-de-obra no campo e o inchaço das cidades.
O Recife viveu um significativo aumento populacional na
década de 1930, passando a população de 446.178 (incluindo Fernando de
Noronha), em 1931-32, a 550.389 habitantes, em 1939.Nas primeiras décadas do
século XX, os habitantes dos sertões, procuravam o Recife numa tentativa de
melhorar suas condições de vida.
Segundo Gominho (1998, p.115), repetimos, nas ações de
Agamenon Magalhães, urbanismo e ruralismo, eram faces de uma mesma moeda. Em
sua perspectiva, o Recife só se tornaria uma moderna cidade a partir do momento
em que os problemas rurais fossem solucionados, em especial a questão da fixação
do homem a terra. Nesse intuito, orientações específicas foram dirigidas aos
prefeitos do interior. “A política do conforto,
higiene, educação, alimentação e trabalho não deveria se limitar à capital.
Por sua vez a capital deveria expressar a prosperidade do estado”.
O ensino rural, no Recife, era feito na escola modelo
Alberto Torres com aprendizado de trabalhos manuais, jardinagem, etc. Nas
Escolas Reunidas de Beberibe e nos grupos escolares da capital, naqueles que
possuíssem áreas suficientes, praticava-se a horticultura, jardinagem e
agricultura rudimentar. Em todas as escolas primárias, seguindo os novos
programas, as crianças recebiam aulas de agricultura, criação de animais,
pequenas indústrias e trabalhos manuais.
No interior do estado, o ensino rural se fez a partir dos
Aprendizados Agrícolas de Santa Rosa e São Bento, subordinados a Secretaria de
Agricultura; nos Institutos Profissionais de Garanhuns e Pacas (que, além do
ensino industrial, promoviam também o agrícola) e; sob a orientação e
fiscalização do Departamento de Educação, nos seguintes colégios, de acordo com
os dados de 1940: Colégio Regina Coeli, em Limoeiro; Nossa Senhora das Graças,
em Vitória de Santo Antão; Sagrado Coração, em Caruaru; Santa Cristina, em
Nazaré da Mata; Nossa Senhora de Lourdes, em Palmares; Nossa Senhora
Auxiliadora, em Petrolina; Colégio Santa Maria, em Timbaúba. Observemos que
todas estas instituições eram católicas e que havia uma forte ligação entre o
Interventor e a igreja católica.
A Igreja, mesmo reagindo à sua utilização como instrumento
de mobilização política para fins pessoais, assumiu sua parcela de
responsabilidade na formação moral do cidadão e na defesa dos valores do
autoritarismo, em troca do apoio governamental para suas obras e instituições e
de uma ação repressiva contra aqueles que se apresentavam como um possível
obstáculo à sua ação.
Além da organização dos programas para as escolas rurais
primárias, o governo, através dos decretos nº507 e 571, de julho e dezembro de
1940, fixou as normas e o regulamento disciplinar do Curso Normal Rural. Além
das escolas rurais, eram necessárias Escolas Normais para formar professores
segundo os princípios defendidos para a Zona Rural. Não se poderia correr o
risco de docentes do interior ensinarem conteúdos desnecessários para os
estudantes. Esses deveriam ser
instruídos de modo que não desejassem sair de sua localidade, bem como seus
aprendizados deviam possibilitar-lhes maior desenvoltura nas atividades no campo
(PERNAMBUCO, 1944).
Seguindo as diretrizes defendidas pelo governo federal, o
governo em Pernambuco destacou que não poderia “ficar indiferente à parte
fundamental da renovação educativa. Era mister preparar Escolas Normais Rurais”
(PERNAMBUCO, 1944, p.1). Dito isto, citou a existência, em 1944, de 12 Escolas
Normais Rurais, localizadas nos municípios de: Triunfo, Gravatá, Pesqueira,
Vitória de Santo Antão, Timbaúba, Bom Conselho, Caruaru, Nazaré da Mata,
Petrolina, Goiânia, Limoeiro e Palmares. O Curso Normal Rural foi criado pela
Interventoria, em Pernambuco, com a finalidade de formar educadores
especializados para o magistério rural primário. Ele era constituído por um
Curso Secundário, com de duração de 3 anos e um Curso Pedagógico Rural, com 2
anos de duração.
De acordo com o relatório, até o ano de 1944 haviam sido
diplomadas, nas Escolas Normais Rurais, mais de 460 alunas. Seguindo o percurso
proposto por e Jorge Nagle (1976), consideramos que alguns dos aspectos
presentes nas propostas de ruralização do ensino, durante o Estado Novo em
Pernambuco, já tinham emergido entre o fim do século XIX e o início do XX.
Partimos do pressuposto que Agamenon Magalhães e sua intelligentsia eram frutos da Primeira
República, quiçá do Império. Tal proposição considera que apesar dos forjadores
da política educacional estadonovista, em Pernambuco, enunciarem suas práticas
como novas, podemos afirmar que não
eram tão novas assim. A própria
concepção do ensino primário rural para o desenvolvimento do campo e sua
integração a vida econômica do estado; o ensino profissional e formação das
Escolas Normais sob princípios “modernos”, estas demandas já tinham emergido no
século anterior.
A grande novidade desse período foi, que pela primeira vez
no país, o governo nacional tomou para si a responsabilidade de sistematizar as
práticas educativas primárias em todo território nacional. O Estado Novo
incorporou as propostas de seus intelectuais na formação de seu próprio
programa. A cultura política brasileira buscou, em vários momentos, construir o
consenso entre as partes e nesse contexto, os professores e agentes
governamentais foram também alçados à categoria de agentes. A documentação estudada enfatizou uma
homogeneização das práticas exercidas. É sabido que não houve na politica
nacional mudanças quanto suas práticas, o que se diferenciava nos estados
brasileiros eram as locações e os nomes das elites, mas suas práticas, seus
agentes, seus modelos de governabilidade e estratégias, continuaram as
mesmas.
A política de integração do interior foi entendida como a
possiblidade não só de superação do atraso, mas de transformação do Brasil numa
grande potência do continente. Esse sonho, acalentado no passado e recuperado
fortemente naquele período, era justificado pelas dimensões territoriais do
país que indicavam seu destino de grandeza. Afirmava-se que o povoamento, a
colonização e a exploração do sertão constituiriam as bases do progresso e da
grandeza futura.
Não consideramos que o Estado Novo fosse onipotente ou
onisciente, por isso discutimos os registros deixados por seus dirigentes como
exemplos de suas intenções, idealizadas por seus forjadores. Sabemos que uma
legislação não representa o acontecimento em si, mas uma intenção do
legislador. Concordamos com Capelato
(2003, p.199), quando afirmou que o Estado Novo não vivenciou, de fato, “a
imagem da sociedade UNA, homogênea e harmônica veiculada” por sua propaganda
política.
A defesa de uma vocação agrícola brasileira não foi exclusividade
daquele período e seguindo os argumentos de Ângela de Castro Gomes (2002, p.
168), segundo a qual a partir de 1910, a República, tornou o Brasil ainda
maior, assegurando seu próprio poder e legitimidade. O Estado procurou, por
meio de atividades políticas, econômicas e culturais, garantir sua presença
junto ao homem do campo. Como diz esta autora, “compreender como foi construído
o espaço do Brasil republicano é compreender como o povo brasileiro se
movimentou para o interior do país e também como o próprio país foi sendo
planejado e redesenhado pelos governos ao longo do último século”.
A partir do discurso de civilização e modernidade
argumentava-se que era necessário identificar os problemas dos interiores do
Brasil e atuar para melhorá-los e, mesmo, suprimi-los. Todos os contextos
nordestinos deveriam ser identificados, pois, apenas a partir daquele
levantamento, poderiam ser realizadas as políticas públicas. Aquele diagnóstico
possibilitaria uma maior eficiência do Estado. Defendia-se que apenas o poder
de intervenção do Estado poderia transformar as diferentes situações de
“atraso” econômico e cultural vivenciadas na região.
Referências
Aline Cristina Pereira de Araújo Ramos é professora de
História do Instituto Federal de Pernambuco – Campus Barreiros e Mestre em Educação pela Universidade Federal de
Pernambuco.
Sandra Roberta Vaz Lira Maranhão é professora do Centro
Universitário Joaquim Nabuco (UNINABUCO), Faculdade Luso-Brasileira (FALUB),
Faculdade Santíssima Trindade (FAST) e Doutora em Engenharia Agronômica pela
Universidade Federal Rural de Pernambuco.
ALBUQUERQUE JR. Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. 2. ed. Recife: FJN, Massangana; São Paulo:
Cortez, 2001.
ARÓSTEGUI, Júlio. A pesquisa histórica: teoria e método. Bauru: EDUSC, 2006.
BEZERRA NETO, Luíz. Avanços
e retrocessos da educação rural no Brasil. 2003. 221 f. Tese (Doutorado em
Educação). Faculdade de Educação. Universidade Estadual de Campinas, Campinas,
2003.
CAPELATO, Maria Helena Rolim.
Estado Novo: novas histórias. In: FREITAS, Marcos Cezar de (org.). Historiografia brasileira em perspectiva. 5.ed.
São Paulo: Contexto, 2003.
CAPELATO, Maria Helena Rolim. Multidões em cena: propaganda política
no varguismo e no peronismo, Campinas: Papirus, 1998.
GOMES, Ângela Maria de Castro. Através
do Brasil: o território e seu povo. In: Ângela de Castro Gomes; Dulce Pandolfi;
Verena Alberti. (Org.). A República no
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GOMINHO, Zélia de Oliveira. Veneza Americana X Mucamnópolis:o estado novo na cidade do Recife ( décadas de 30 e 40),
Recife: CEPE, 1998.
NAGLE, Jorge. Educação e Sociedade na Primeira República.
São Paulo: EPU; Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Material Escolar,
1974, 1976, reimpressão.
PERNAMBUCO. Departamento Estadual de Impressa e Propaganda. O desenvolvimento educacional de Pernambuco
sob a Administração do Interventor Agamenon Magalhães, Imprensa Oficial,
1944.
PRADO, Adonia Antunes. Os
conceitos de Homem e de Educação no período do Estado Novo (1937-1945). 1995. 182 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1995.
RAMOS,
Aline Cristina Pereira de Araújo. O homem “novo” para um novo Pernambuco:
as práticas educacionais na construção do Estado Novo em Pernambuco
(1937-1945). 2014. 168 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de
Educação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2014.
RIBEIRO, Maria do Carmo R. Pinto. O
ruralismo em Pernambuco. In Revista da Educação. Secretariado
Interior, vol.3, p.49-58, 1º semestre de 1942.
Parabéns pelo trabalho!!! É muito importante discutirmos de que forma o ruralismo pedagógico foi materializado, nas décadas de 1930 e 1940 no Brasil, e as especificidades encontradas nas diferentes regiões. Que demandaram experiencias históricas significativas para as discussões assentadas na história da educação.
ResponderExcluirCarla Cattelan
Obrigada
ExcluirOlá, gostaria de perguntar se seria possível comparar o projeto ruralista a educação do campo nos dias de hoje?
ResponderExcluirOla Everton partindo do pressuposto que o metodo comparativo é inerente ao estufo hostoriografico e alem de toda uma historiografia que fundamenta a Historia Comparada acredito sim nessa possibilidade. Entretanto estamos falando de dois cortes espaciais e temporais diferentes. Deste modo, para realizar tamanho estudo a pesquisa tem que ser baseada em grande corpo documental e teorico. Um erro possivel na chamada Historia Comparada é realizar apenas uma justaposicao dos temas e nesse sentido nao estaria realizando uma Historia Comparada
ExcluirSao projetos produzidos pelo seu tempo e representa problematicas de tais sociedades. Para tal proposta - a qual acho válida - o pesquisador deve ter uma maturidade academica e intelectual. Aquele que se propor a isso estará se colocando num novo ambito de estudo.
Olá, gostaria de saber que motivos levaram a escolha desta temática?
ResponderExcluirLorena Raimunda Luiz
Estudo Educação no periodo do Estado Novo brasileiro e dentre desse contexto estudei o Ensino Rural.
ExcluirParabéns pelo texto, eu sou egressa da licenciatura em educação do campo,atualmente faço especialização nessa área. O seu texto veio a enriquecer meus conhecimentos acerca do assunto. Creio que a educação rural foi superada, como teoria, e a educação do campo vem com muitos aspectos visando proporcionar uma educaçao de qualidade e contextualizada para os sujeitos do campo.
ResponderExcluirObrigada. Pesquisamos numa perspectiva historica de uma proposta que aconteceu em determinado tempo/espaco. Entao nao fiz essa relacao com a educacao do campo atualmente. Essa especiañizacao de fato é muito interessante e possibilita varios olhares.
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